segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Jamais fui um exemplo de baianidade, sotaque e comportamento moderado, sem algum talento para a percursão ou para a dança, inclusive alvo de chacotas quando em meus "raros" momentos ébrio arrisquei algum passo mais atrevido, jamais cantei meus sentimentos, segundo alguns ditos "todo bom baiano canta os seus sentimentos", talvez por falta de sentimentos a serem cantados quem sabe, raramente perco o controle sob o meu corpo quando se toca em alguma rádio por aí a Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Chiclete com Banana, Harmonia do Samba ou qualquer outro dos seus descendentes, e verdadeiramente nunca achei o carnaval da Bahia o melhor do mundo, diz-se por aí que 99% dos baianos defendem que o carnaval da Bahia é o melhor do planeta e quiçá do universo, porém, apesar de todo o meu afastamento "culturo-estereotipado" do baianês, há algum tempo eu deixei de ser apenas mais um baiano, e tornei-me o "Baiano", é como se a obra do acaso, o elo perdido, virasse essência.

"Sou baiano, mas não sou o Caetano" (Marcelo Nova)