domingo, 10 de maio de 2009
Capítulo 1 - "P-J. Proudhon"
Acabo de conseguir emprestado e logo começar a ler a série da editora L&PM Pocket que reúne textos anarquistas, o volume que possuo em mãos refere-se aos textos de Pierre Joseph Proudhon, pois bem.
Proudhon nasceu na cidade de Besançon, França, em 15 de janeiro de 1809, filho de pai cervejeiro, viveu até os 12 anos no campo devido a todos seus avós serem agricultores livres, e como se pode perceber nos seus primeiros textos no livro, herdou uma nostalgia campestre absurda.
Proudhon nada mais é que o pai do socialismo científico, da economia política socialista, da sociologia moderna, pai do anarquismo, mutualismo, sindicalismo revolucionário, do federalismo e da estrutura coletivista que hoje é promovida pela autogestão. O marxismo que lhe deve muito, foi um dos principais elementos que fez esse gênio ser quase esquecido, principalmente quando o marxismo passa a ter quase uma ditadura intelectual e de toda a usurpação falaciosa que foi feita com o nome do velho Marx, foi introduzida uma injustiça gigantesca com a memória de Proudhon.
O mais interessante é descobrir que Proudhon jamais conseguiu se libertar da sua criação puritana, até quando escreve sobre Justiça, o conceito aparece como sinônimo de Deus. E inclusive foi nisso que se basearam suas primeiras teses na Academia de Breson que o aceitou pela "política de cotas" para estudantes sem fortuna na França, Proudhon foi aplaudido de pé após em uma tese transformar Moisés(o do Mar Vermelho) em um filósofo socialista. Só que a principal pauta que Proudhon trabalhou surge quando ele decide questionar algo que é tomado como mais respeitável e intríseco, mais que tem uma incoerência absurda, e por isso deveria ser negado.
"... a propriedade, de qualquer ângulo que se a considere, a qualquer princípio que se a relacione, é uma idéia contraditória. E, como a negação da propriedade levava à negação da autoridade, eu deduzia imediatamente de minha definição a este corolário não menos paradoxal: a verdadeira forma de governo é a anarquia."
Desgastado, Proudhon morre em Paris aos cinquenta e seis anos, em 16 de Maio de 1865.
Continua...
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3 comentários:
Tirando a citação que destacaste , o restante do livro, em minha opinião, é muito ruim. De todos os anarquistas (com quem obviamente simpatizo), Proudhon é, de longe, é o pior! Mas a frase-título do livro é terna, suprema e vale sim como tese geral do movimento, não obstante, como tu bem sabes, eu irritar-me um pouco com esta confusão sinônímica entre o conceito religioso de "Deus", o conceito de anticlericalismo e os outros conceitos que tu citas... Mas vale e muito a leitura... Tenho este livrinho de bolso em casa também... Vou relê-lo, nem que seja pela mera desculpa para termos assuntos para conversarmos quando estivermos juntos, já que eu ando "aprontando", já que talvez eu ande exigindo demais de tu... e tal...
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PS: os textos (este e o anterior) foram escritos por ti mesmo? Salvo as observações pessoais sobre dados de Gomorra, estão ainda mais objetivos que o comum de teu ser... Oh, Maurício, eu gosto tanto de te ver expresso. Livra-te desta "capa protetora" da generalidade, entregue-se!
PS do PS: é só uma observação, não tome como ofensa...
PS do PS do PS: pelo amor do anti-Deus prodhoniano, não te sintas atacado nem (negativamente) criticado aqui... Foi só uma observação. Admiro-te por demais, consumir qualquer coisa que tu faças me é uma deliciosa e voluntária obrigação!
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