sábado, 21 de novembro de 2009

"A música do Mundo Livre é farta..."


Verdade que eu tinha ouvido pouca coisa do Mundo Livre S/A comparado com o que já havia consumido da outra banda que comanda o início do belo movimento mangue beat pernambucano, a Nação Zumbi, porém conhecia um pouco da proposta musical do Mundo Livre, motivo suficiente da surpresa ao ouvir o álbum "O Outro Mundo de Manuela Rosário" e descobrir que aquele belo trabalho também era alcunhado pelo Fred Zero Quatro e sua turma.
"O Outro Mundo de Manuela Rosário" já me encantara quando ouvi a primeira vez pelo sincretismo musical, comum do Mundo Livre, pela sua beleza transcendental intimamente ligada pelo vocal "JorgeBeniano" assumido pelo Fred Zero Quatro e pricipalmente pela frase final da canção "Azia Amazônica" que erroneamente abria o "cd" devido ao erro no "download", mas que me fez parar em frente ao som e escutar com atenção tudo que era pronunciado pela voz chorosa do Fred Zero Quatro e por diversas outras que vão aparecendo em forma de entrevistas mescladas com a inteligência musical do Mundo Livre. Logo após, descobri que o álbum é um projeto-denúncia do Fred Zero Quatro contra os latifundiários da região de Pesqueira em Pernambuco após o assassinato do cacique Xucuru, mas em nenhum momento o álbum se perde no monotematismo pois inteligentemente é conduzido pelas diversas facetas da opressão, analises sistêmicas impecáveis, a história da Manuela Rosário é linda, e, e, é isso, belo, belo!

6 comentários:

Pseudokane3 disse...

Lembras que eu tinha aquele problema em sempre ter preferido esta banda àquela outra , né? Alguma coisa nesta voz chorosa do Fred Zero Quatro, como disseste, sempre me conquistou, de maneira que tenho todos os álbuns deles, menos justamente este. Ouvindo em retrocesso o que eu possuía da banda, e conhecendo a fase nova da Nação Zumbi, sob a batuta da voz altiva e gostosa do Jorge Du Peixe, voltei atrás na preferência, pois fiquei irritado com o excesso de citações bairristas a futebol e mulatas nos álbuns do Mundo Livre S/A. Até uma madrugada em Gomorra me possibilita ouvir na íntegra esta maravilha que agora comentas e... Caralho! De fato, muito belo!

E hoje eu insisto: "A Bola do Jogo", para mim, é o que de melhor há dentre todas estas preciosidades "pimba" que atendem pelo nome de música pernambucana. E isto sou eu dizendo, com meu vício em vozes e almas chorosas...

WPC>

Unknown disse...

"O exército mascava na rua e eu chiclete" acho q é isso rsrsrs.

Debora me viciou no Mundo Livre.

Rafael Maurício disse...

essa parte é muito boa, é mais ou menos isso

Annita! disse...

VEJA O DOCUMENTÁRIO: XICÃO XUCURU, DA MÁRCÍLIA. ELA É SOLTERAPOLITANA; O MAIS IRONICO Q FUI VER ISTO EM PESQUEIRA. O ALCEU TA PRESTES A LANÇAR UM FILME, NO QUAL O POVO XUCURU TB TEM PARTICIPAÇÕES. UMA PARTE FOI GRAVADA NA PROPRIA COMUNIDADE. ACHO Q SAI NO PROXIMO ANO, LA P MARÇO, ASSIM ME CONTARAM.
P.S. CHAMO POVO, PQ ELES DETESTAM A TITULAÇÃO INDÍGENA...SÓ DEPOIS EU FUI DESCOBRIR NA REAL O PQ DEEEEVE SER CHAMADO ASSIM, E NAO DO OUTRO JEITO(TRIBO).
O MAIS LOUCO É Q TODOS OS ASSASSINOS DO XICÃO ESTÃO SOLTOS, TODOS SABEM QUEM É, O AGRESTE INTEIRO GRITA POR JUSTIÇA, MAS O NEOCORONELISMO NAO DEIX. ODEIO O MICRO-PODER.

Fábio Barros disse...

pq vc tá gritando, anne?

Dear disse...

oi!

Barba.