sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Uma análise antes do fim


Acabo de ler a centésima página do clássico da geração beat, “On the road”, obra do mediano escritor americano Jack Kerouac, o livro conta a história do personagem-narrador Sal Paradise, um conto de uma suposta viagem de ponta a ponta dos Estados Unidos, uma aventura errante do personagem feita sem quase nenhum dinheiro, geralmente locomovendo-se através de caronas, instalando-se na casa de amigos malandrinos, vivendo toda a contra-cultura, em busca de sexo e uma boa história pra contar.Por si só o enredo já me conquistara antes de ler a obra, inclusive achava obrigatório para mim tal leitura levando em conta todo meu fetiche desbravador, porém com toda a expectativa criada o livro até agora passou longe de me causar gozos literários, apesar do estilo lingüístico rápido que me cativou, o autor até então acaba por dar uma valorização exacerbada a descrição das localidades americanas, a primeira parte do livro torna-se muito citadina, a meu ver, sem grande utilidade para desconhecedores do espaço dos EUA, principalmente para seres que portam “dislexia topográfica” e recusam-se a ler o livro com o mapa dos Estados Unidos na mão, como eu.Por fim, uma comparação para mim torna-se inevitável, li a pouco tempo “Factótum”, obra do competente Charles Bukowsky, o livro apresenta uma temática parecida com a obra do Kerouac, onde um certo personagem vagueia também pelas terras do tio Sam, porém o cinismo e a sinceridade ébria do gênio Bukowsky fascinam desde os primeiros parágrafos de leitura. Sem mais delongas, lerei o resto do livro bastante apreciado por alguns amigos e voltarei aqui para se for o caso, retratar-me com o Kerousac

Um comentário:

Pseudokane3 disse...

Comparar Kerouac com o papai Bukowski é covardia! mas fico feliz com a observação acerca da "dislexia topográfica" me deixou feliz, feliz...

E, garanto, quando entrar a mulher, o livro te fisga, belo!

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