sexta-feira, 17 de abril de 2009

E o Troféu Abacaxi vai para:

Segunda-feira a noite, assisti pela tv aberta ao filme que me recusava a ver já há algum tempo, porém devido ao surto psicótico do meu aparelho de DVD que desconhecia as diversas mídias que outrora conhecia e a falta de atividades não cinematográficas a realizar na monótona noite de Segunda, onde já havia perdido cerca de 2 horas num esdrúxulo espaço onde grandes amigos se prestavam a um medíocre embate por um espaço institucional, abdiquei do preconceito que iria se confirmar mais tarde e parei para ver a obra de direção do Daniel Filho que recebe a alcunha de "Se Eu Fosse Você", o longa conta a história de um casal, vividos pelos atores clichês globais, Tony Ramos e Glória Pires, o homem, apaixonado pela empresa de publicidade, luta pela não venda do local e a mulher, professora de um coral de crianças, com um pré-discurso anti-machista desentendem-se pelo não reconhecimento um do outro da função na manutenção da instituição familiar, e após um coincidente e nada convincente desejo de ambos para a mudança de papel do casal, acordam em corpos distintos, e é nisso que se desenrola a insossa comédia. Tony Ramos torna-se um afetado em grande escala, futilizando-se ao máximo e protagonizando sequências de cenas horríveis, porém consegue êxito na empresa, pois ao construir uma propaganda de marca feminina, sua chefa o acha grande entendedor da alma da mulher (vide propaganda da Marisa), Gloria Pires masculinizada, após dificuldade de aceitar o eruditismo do coral, faz as pobres crianças executarem a 9º Sinfonia de Beethoven em ritmo de hip-hop, enquanto a abobalhada platéia supostamente acha maravilhosa a ridícula apresentação. Cenas horríveis, discursos infantis, gêneros estereotipados, dentre outras aberrações marcam a desmerecidamente superestimada comédia nacional, que já conta com continuação. E que jamais minhas segundas sejam monótonas novamente.

Um comentário:

Pseudokane3 disse...

Coitado de tu, vendo estas coisas (risos)

Pior é a frase-final, tese na voz da Glória Menezes: "quem disse que o dinheiro não traz felicidade é porque não sabe o endereço da loja"...

Tá certo!

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