quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Tudo pelo "Budapeste"
Após desistir de encontrar a sala de aula de Sociologia I, matéria que completaria o meu horário acadÊmico da manhã de quarta, decido ir sozinho conferir a adaptação cinematográfica da obra de Chico Buarque, "Budapeste". Corro pro cinema do Shopping Riomar que em sessão única as 14h vem transmitindo o fime do Walter Carvalho, o problema é que corri tanto que cheguei ao local acho que pouco antes de 13h, o guichê de venda de ingressos para a sessão só abriria as 13h50, o pior que ter que esperar cerca de uma hora sozinho em um shopping, é ter que esperar sozinho cerca de uma hora em um shopping que consegue destruir o meu mandamento "todos os shoppings são iguais", não, este é pior, e ainda sem relógio. Descobrindo isso, saio do guichê fechado acho que com toda baianidade aflorada, pois dentre dezenas de pessoas que passava pelo local, um rapaz me escolhe para tentar vender um ingresso para o show de Ivete Sangalo, e só desiste quando eu infelizmente um pouco irritado falo: "Eu jamais pagaria para ir a um show da Ivete Sangalo".
Pois bem, como eu sabia que esta uma hora não seria como as horas costumam ser, demorararia no mínimo cinco, o próximo passo seria achar atividades que fizessem de algum modo o tempo passar, ligo para minha mãe, passeio pelo G.Barbosa comparando preços que jamais me importariam em outra situação, sento em um banco e leio meu horário que havia imprimido a pouco, umas 15 vezes, talvez pra conseguir encontrar a sala de aula de Sociologia I da próxima vez.
Após o tempo passado sou enviado para a sala 3 do Cinemark, sento na última fileira, onde sentariam também dois homossexuais afetados, nada contra homossexuais afetados, mais eram dois homossexuais afetados chatíssimos, daqueles que reclamam de tudo, da porta semi aberta do cinema à inclinação longitudinal da cadeira da frente, e que faziam questão de enfatizar que estavam sempre presentes na sessão "cult" do cinema, porém devido ao atraso do filme foi eles que me divertiram contando um ao outro suas experiÊncias (chatíssimas também) em Recife. Pois bem, logo a seguir entram duas loiras e uma comenta: "acho que eu lembro desse livro do Chico, é o que é passado na Holanda eu acho", neste momento o livro e o filme ainda se chamavam "Budapeste".
Começa o filme e um rapaz meio titubeante para em pé na minha frente, como se tivesse decidindo se veria o filme, olha pra trás e pergunta: "Será que é bom", me vem uma angústia e uma vontade de rir, diante dessas sensações fingir que não ouvir, logo em seguida descubro que se eu tivesse dito que o filme era horrível o faria ir embora eu havia perdido uma grande oportunidade, no decorrer do filme toda e qualquer cena de nudez ou sexo, ou nudez e sexo, que não são poucas em "Budapeste", eu tinha que aguentar esse rapaz rindo e olhando pra minha cara como se fóssemos amigos, evitei rir em qualquer cena até metade do filme quando ele foi embora. Só havia essas pessoas citadas na sala de cinema, mais um senhor eu acho.
E o filme, ah o filme, apesar de realmente não ter desgostado da adaptação do Walter Carvalho, saí do cinema com uma sensação de, "Essa obra não deveria ter sido adaptada", as subjetividades que a obra do Chico lhe permite, inclusive pra mim o ponto alto do livro, são quase todas respondidas no filme, é como se eu tivesse descoberto ou não a traição de Capitú.
E quando sair, decidir assistir também o filme do Sam Raimi, cheguei para a moça do guichê e disse: "A próxima sessão, 'Arrasta-me para o Inferno'", eu tinha que fazer isto.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
7 comentários:
Na sessão em que eu estava, havia um velho reclamante, dois homossexuais afetados também (mais discretos - o Riomar é covil deles?) e algumas pessoas calmas, conhecedoras do livro... A ses~sao foi ótima, silêncio, respeito, comentários na hora certa... mas sei que fui beneficiado com uma exceção. Em dias normais (o teu foi), seríamos arrastados para o inferno antes de o genial Sam Raimi nos conduzir...
Mas, deixa quieto: para além de a obra dever ou não ter sido adaptada, gosto quando o Walter é fiel ao Chico, tirou leite de têta diante de um livro em que a trama era o de menos interessante. Confesso que o final otimista do filme (mais do que o do livro) me encantou... Saé comovido da sessão - e , de fato, não é um filme ruim!
Teci alguns comentários lá no blog. Tu leste? Discordaste?
WPC>
Tem livraria no Riomar, eu consigo passar horas por lá. Dia de semana é vázia, como todo o shopping.
Só eu não verei esse filme, sniff(rsrs).
Rafael Barba.
jure, eu não achei não, so vi um g barbosa, como todo shopping? putz, tah louco, tee uma hora q só tinha quase eu, a moça do guichê e o cara da Ivete
Eu já passei de me estressar com a imbecilidade humana faz séculos. Relaxa, rapaz. Faz piada. É sempre mais revigorante e faz um bem danado pro ego. Ou então usa umas técnicas alternativas que podem causar tudo isso também, haha.
E mais outra coisa que eu TENHO que atentar: man, cê escreve bem, tem um senso de humor refinado, mas precisa corrigir uns erros de gramática. Um que me deixa agoniado (não é só com você isso) quando vejo é o de confundir o infinitivo do verbo com sua forma no passado simples.
Não é "E quando sair, decidir assistir também o filme do Sam Raimi..." e sim, "E quando SAÍ, DECIDI assistir também o filme do Sam Raimi..."
Saca a diferença? Escrevendo assim cê parece o Tarzan falando: "Mim querer comer seu cu, Jane"
kkkkkkkkkkkk
porra velho a versão, ficou igualzinha rs
então, eu já desencanei total com isso, acho q a escrita cumprindo a sua função de fazer entender é o que vale, mas isso, tu não és a primeira pessoa q me fala não, é um vício q me acompanha nesses anos e como eu não passo "corrigindo", então ei de confessar q é mais um vício q um posicionamento político de burlar as ""regras"" gramaticais rs
E se a Jane entender que eu quero comer o cu dela, tah massa rs
nossa
oxe, só falei isso por causa da linguagem "tazaniana"
Postar um comentário